Postais e fotojornalismo:
    imagens da revolução de 1924 no acervo do Museu de Polícia Militar do Estado de São Paulo




    A explosão em número e variedade da produção de postais no final do século XIX é fenômeno conhecido e ocorre de forma similar, mantida as proporções, em todo o mundo ocidental. Cartões desenhados ou com imagens fotográficas ou ainda em colagens misturando os elementos mais diversos são comuns. O consumo torna-se de imediato uma mania, acompanhado desde o início pelo surgimento de colecionadores com interesses diversificados.

    Neste ensaio, analisaremos um conjunto de postais considerado como exemplo da diversidade de usos da imagem fotográfica e de como as funções atribuídas podem interligar universos de interesse distinto.

    Trata-se de um álbum de pequenas dimensões (26,5 x 22 cm), com capa de papelão cinza que apresenta o título manuscrito 1924, sem maiores referências a seu antigo proprietário e autor. Sua estrutura evidencia a intenção de documentar - através de 54 cartões postais ao longo de trinta páginas - os eventos associados à revolução de 05 de julho de 1924 na cidade de São Paulo (1). O álbum integra o acervo do Museu de Polícia Militar do Estado de São Paulo.




    A revolução de 1924 integra a série de conflitos associados ao "movimento" tenentista que tem sua origem no Levante de Copacabana ocorrido em outro 05 de julho, em 1922, na então capital federal, o Rio de Janeiro.

    Os anos 10 e 20 apresentam uma clima de crescentes tensões sociais e políticas em todo o país. Novos segmentos sociais procuram meios de expressão e participação políticas. Os grandes centros urbanos tornam-se locais privilegiados da busca de novas formas de organização reunindo por um lado segmentos da classe média (funcionalismo público, áreas militares e profissionais liberais) e do proletariado.

    O governo do presidente Artur Bernardes, empossado em novembro de 1922, tem como pano de fundo a crise da "política de governadores" , que previa uma alternância entre políticos dos estado de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na esfera militar são crescentes as exigências de melhores soldos e novas formas de representação por parte de segmento da oficialidade. Em especial, dos tenentes que constituem então 60 por cento do corpo de oficiais.

    O panorama político tenso do período é marcado ainda pelas grandes greves gerais em 1917 em São Paulo e no ano seguinte no Rio de Janeiro. Esses movimentos operários estão associados a organizações de orientação anarco-sindicalista. Apenas em março de 1992, com a fundação do Partido Comunista, esta tendência ganha espaço.

    Em 5 de julho de 1922, ocorre a revolução do Forte de Copacabana, conflito que foi contido pelo governo federal. No entanto, nos anos seguintes, irão surgir vários focos de rebelião em quartéis em todo o país com a participação de antigos líderes transferidos após o levante inicial. Quase sempre os movimentos regionais mantém a mesma pauta de exigências na busca de maior representação social por parte deste segmento da oficialidade associadas a reinvidicações como o voto secreto, além da exigência de derrubada do presidente Bernardes. Temas sociais ocorrem de forma isolada nesses diversos eventos, cujas estratégias apresentam alianças distintas com outros segmentos sociais organizados.

    Na madrugada de 05 de julho de 1924 tropas rebeldes do Exército e da Força Pública de São Paulo tomam de assalto pontos estratégicos da capital do estado. Ocorrem alguns focos de resistência, entre eles no Palácio de Campos Eliseos, onde o governador Carlos de Campos permanece até o dia 08, ficando a cidade sob domínio dos revoltosos comandados pelo general reformado Isidoro Dias Lopes. Os líderes do movimento são, porém, o Major Miguel Costa e o capitão Joaquim Távora.

    Embora a revolta integrasse um plano de âmbito nacional, o foco inicial acabou tendo lugar em São Paulo em função do apoio da Força Pública, liderada por Miguel Costa. Apresenta uma pauta mais liberal, indo além de uma simples reação dos quartéis aos baixos soldos, propondo implantação do voto secreto, maior centralização federal, limitação das atribuições do poder Executivo, ampliação da autonomia do Judiciário e obrigatoriedade de ensino primário e profissional.

    A cidade de São Paulo permanece ocupada até 27 de julho, período em que as tropas legalistas, com 15.000 soldados, bombardeiam intensamente os bairros populares. Isto acaba gerando um êxodo da população para o interior do estado. O conflito na capital encerra-se com a retirada dos rebeldes, que se deslocam para o sudoeste do Paraná, concentrando-se na região da Foz de Iguaçu. O conflito apresenta um saldo de 503 mortos e quase cinco mil feridos.

    Em abril de 1925, os remanescentes do conflito formam em conjunto com grupo de rebeldes vindos do Rio Grande do Sul, chefiado por Luiz Carlos Prestes, a coluna Miguel Costa-Prestes, conhecida mais tarde apenas como Coluna Prestes.




    A revolta de 1924 foi documentada fotograficamente em grande extensão, sendo localizadas imagens nos principais acervos da cidade de São Paulo. Com certeza, essas fotos foram contribuições significativas na elaboração de um locus privilegiado no imaginário paulista dos anos seguintes, centrado sobre o ênfase do papel dirigente do estado de São Paulo quanto à proposição de um projeto político nacional. Processo que teria um de seus grandes momentos na revolução constitucionalista de 1932 e nos anos seguintes através do culto à sua memória.

    A documentação remanescente da revolução de 1924 pode ser dividida em dois grupos. O primeiro, formado por registros de danos causados a residências e empresas comerciais e industriais, realizadas com o objetivo de solicitar indenização ao governo. Aparentemente essas imagens podem ter tido usos paralelos e integrarem o segundo grupo, basicamente composto por postais.

    O álbum 1924 (como será denominado ao longo do texto) é ao mesmo tempo um registro de uma produção documental sobre o conflito, utilizando como suporte o cartão postal e um artefato ligado à esfera da memória pessoal do proprietário, seja como participante ou testemunha do evento (2).

    foto n.02
    O álbum abre com uma galeria de retratos, uma seqüência com quatro imagens, tendo como dístico na primeira página a frase: - O Brazil espera que cada um cumpra o seu dever. (3) Das quatros fotos, apenas as duas primeiras estão identificadas nas legendas impressas nos cartões: Isidoro Dias Lopes e Tenente (João) Cabanas). As outras duas registram também oficiais sem no entanto trazerem qualquer identificação.

    O roteiro do álbum segue traçando um registro da presença de trincheiras na área central em pontos como o Teatro Municipal (fotos n.21 e 37), próximo a um dos quartéis na rua Conselheiro Crispiniano, a rua Florêncio de Abreu, ponto de acesso a Estação da Luz e aos quartéis localizados no Bom Retiro, e o largo Coração de Jesus nas proximidades do Palácio de Campos Eliseos.

    Imagens da destruição causada pelos bombardeios nos bairros próximos ao centro oferecem não apenas um registro dos danos, mas funcionam como documentação de uma grande área urbana. Esse conjunto inclui desde registros do Largo de São Bento (foto n.18), a ruas dos bairros do Brás (rua Caetano Pinto), da Móoca (rua Javary), da Liberdade (ruas Conselheiro Furtado e Tabatinguera) e da Luz (Rua João Teodoro). As imagens registram desde danos em residências a empresas como Indústrias Matarazzo , Cotonifício Crespi (foto n.48), Oficinas Duprat e galpões da São Paulo Railway.

    As legendas enfatizam com detalhes a natureza dos artefatos causadores dessa destruição, permitindo definir paralelamente o patamar tecnológico do período, incluindo itens como obuses incendiários, granadas e o emprego do aeroplano, que convive ainda com o recurso de uso de burros para deslocamentos das tropas rebeldes. A imagem n.6, documentando um carro blindado fotografado em frente a um dos quartéis da Luz, é a única imagem porém de armamentos utilizados, devidamente legendada: Quartel general / Forças revolucionárias.

    O álbum finaliza com um pequeno conjunto, destacando o destino dos rebeldes, que se retiraram para o Paraná (n.52)(4), e imagens de cavalos mortos. A última imagem é um registro de um cádaver humano num caixão, acompanhada da legenda manuscrita no álbum Victima dos legalistas / granada.




    Aparecem assim claramente associados o suporte postal e a função jornalística. Os jornais de época não tinham condições de reprodução de material gráfico com qualidade, nem a presteza necessária para cobertura do evento. Parte do conjunto de fotos inclusas no álbum 1924 podem ter sido realizadas logo após o conflito, mas não imagens como a de n.46, registrando o efeito de uma granada (dos revoltosos como indica legenda manuscrita no álbum) no edifício da antiga Secretaria da Justiça no Pátio do Colégio, em plena área central., frente ao qual vários curiosos começam a se aproximar. Em especial, a imagem n.16 retrata bucolicamente um grupo de soldados que posam tendo ao fundo a caixa d'água localizada na região da Luz, na avenida Tiradentes, da qual jorra intenso jato de água em função de rombo causado por bombardeio.

    A organização do álbum permite-nos propor questões sobre a circulação dessas imagens. Teria sido ela paralela ao evento, ao longo dos 22 dias de conflito? A imagem do grupos de soldados junto a caixa d'água, num registro que parece indicar que o ritmo do bombardeio já havia sido incorporado à rotina da cidade, veiculada em postais, teria sentido apenas como recordação ou como noticia imediata?

    Difícil chegar-se a uma resposta. De qualquer modo, várias imagens confirmam o trabalho dos fotógrafos ao longo do conflito. Entre elas, o postal n.9, identificado pela legenda Revoltoso aprehendendo mercadorias saqueadas pelo povo, ou a pose encenada na imagem n.39, na qual soldados encenam posicionamento na trincheira, em tomada frontal, enquanto pedestres passam ao largo sem maiores preocupações.

    É possivel perguntar se essas imagens circularam então com a identificação dos seus autores. É necessário considerar que boa parte dos profissionais eram migrantes e não desejariam sofrer revelias a posteriori. O único autor identificado dentre os postais do album 1924 é G. Prugner. Conhecido editor paulistano de postais, ativo nos anos 20 e 30, Gustavo Prugner seria sucedido ainda por seu filho Mario, em atividade até meados do século. Não se pode, porém, afirmar com certeza a atividade como fotógrafo por parte do editor. Segundo o colecionador Jamil Abib, existiriam duas séries sobre a revolta distribuídas por Prugner(5), uma das quais sem a inclusão da marca do editor, o que permite considerar que tenham circulado concomitantemente ao desenrolar do conflito.

    O álbum traz ainda dois conjuntos postais de origem diferente, sem seja possível definir a autoria das imagens ou seus editores. Um dos grupos, com legendas manuscritas, corresponde a uma série de 31 imagens, não numeradas. O outro grupo inclui apenas duas imagens, com um padrão distinto de legendas.




    O cruzamento do suporte postal e a função jornalística presente no álbum mereceria menção em uma história do fotojornalismo paulistano, uma proto-história. As relações entre fotografia e jornalismo antecedem em larga medida a própria capacidade de reprodução gráfica da fotografia. Esses contatos ocorriam através do envio de imagens às redações, que eram comentadas em notas de agradecimentos. Algumas vezes caracterizando-se como propaganda dos estúdios fotográficos (ou de seus produtos como retratos de personalidades), a prática acaba sendo adotada por elementos das elites. Assim, fotografias de eventos sociais e inaugurações passam a ser objeto desses comentários. Essa prática continuaria a ser empregada nas duas primeiras décadas do século já com o surgimento de revistas ilustradas nas principais cidades brasileiras.

    Casos excepcionais de inserção de fotografias na imprensa brasileira são registrados já em meados do século XIX. Um exemplo integra a coleção Teresa Cristina, pertencente a Fundação Biblioteca Nacional. Trata-se da edição de 20 de junho de 1868 do periódico D.Pedro II: orgão conservador, editado no Ceará, que incorporava áa sua primeira página um carte-de-visite da Rainha Vitória na comemoração do seu 50. aniversário. Outra ocorrência de grande relevância data de 1878, quando a publicação carioca O besouro traz na edição de julho ilustrações de Bordallo Pinheiro, reproduzindo cartes-de-visite de autoria de J. A. Correa retratando vítimas da grande seca do Ceará (1877-1878) (6).

    O álbum 1924 representa uma exemplar obra de caráter misto, revestida de valor enquanto documento para a história social, história urbana e memória pessoal. Expressa com clareza a importância dos acervos especializados das diversas instituições associadas às diversas funções do Estado e prestação de serviços urbanos.




    Ricardo Mendes















































































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    foto n.07
         
    foto n.21
         
    foto n.37
                   
    Foto n.7 - Cenas de Trincheiras (fotos n.7, 21, 37) - Volta!
         
    foto n.21 - Volta!
         
    foto n.37 - Volta!Mais imagens























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    foto n.17
         
    foto n.18
         
    foto n.28
         
    foto n.46
         
    foto n.54
                   
    foto n.17 - Danos em edifíficios (fotos n.17, 18, 28, 46 e 48) - Volta!
         
    foto n.18 - Volta!
         
    foto n.28 - Volta!
         
    foto n.46 - Volta!
         
    foto n.48 - Volta!Mais imagens























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    foto n.06
                 
    foto n.54
    foto n.6 - Volta!
                 
    foto n.54 - Volta!























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    Museu de Polícia Militar do Estado de São Paulo
    Rua Dr. George Miranda n.308 - Luz - São Paulo/SP
    tel/fax: 011-227-3783


    Horários de funcionamento:
      exposição do acervo - terça/sexta - 12:00-16:00
      biblioteca - terça/sexta - 9:00-16:00
      administração - segunda/sexta - 8:00-17:00


    O Museu de Polícia Militar ocupa atualmente parte do edifício remanescente do antigo Hospital da Força Pública, que integra o conjunto projetado no início do século pela equipe do arquiteto F. Ramos de Azevedo. O edifício, inaugurado oficialmente em 1916, já encontrava-se em funcionamento desde o final da década de 1890.

    O museu tem como origem o Museu Militar de São Paulo, criado em 1963, embora não tenha sido implantado, estando subordinado à Secretaria de Estado de Educação e Cultura. Tinha por função registrar a memória das diversas armas e corporações militares do Estado. Houve uma iniciativa anterior - o Museu da Força Pública, que foi extinto em 1948, sendo o acervo absorvido parcialmente por outras instituições como o Museu Paulista (USP).

    Em 1976, a atribuição de organização do Museu Militar é transferida para a Secretaria de Segurança Pública, subordinando-se à Polícia Militar. Na década de 1990, o atual edifício é reformado, sendo a reserva técnica finalizada em 1993. Finalmente, em 31 de maio de 1996, o Museu de Polícia Militar é aberto ao público.

    Este museu tem por objetivo documentar a história da corporação e das que a antecederam. A mais antiga destas corporações - a Guarda Municipal Permanente - foi criada em 1831, sendo substituída em 1869 pela Força Pública do Estado de São Paulo. Em 1926, surge a Guarda Civil, com a função de auxiliar no policiamento da capital. Ao final da década de 1960, as diversas corporações, como a Polícia Marítima e Aérea, o Corpo de Policiamento Especial Feminino e a Guarda Civil passam por um processo de unificação, que termina em 1970 com a criação da Polícia Militar.

    Entre os museus militares brasileiros, ligados às polícias estaduais, destacam-se o Museu da Brigada Militar (RS) e os Museus de Polícia Militar de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    O acervo é composto basicamente pelos seguintes núcleos: (1) indumentária, reunindo uniformes, coberturas (chapéus, capacetes...), acessórios; (2) medalhística; (3) insígnias e distintivos; (4) armaria; (5) bandeiras e estandartes; (6) acervo fotográfico e (7) acervo documental. Deste conjunto, apenas os dois últimos não passaram por um processo de tratamento. Os demais foram inventariados, num total de 3680 peças, e as condições de armazenamento foram sistematizadas, aguardando-se o início da catalogação. A biblioteca conta com cerca de 3.000 títulos de livros, além de periódicos.

    O acervo fotográfico apresenta apenas imagens em cópias positivas, em parte reunidas em álbuns. Os registros mais antigos datam da década de 1910, concentrando-se em imagens de instalaçães das diversas corporaçães, quase sempre na capital, e registros de eventos comemorativos.

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    Notas:


    1. Postais no formato médio de 8,5 x 14,5 cm, em papéis de peso duplo e simples, montados frente e verso através de encaixe em quinze folhas de papel marrom. A qualidade da montagem indica um álbum produzido de modo artesanal, talvez pelo proprietário original.
      Como o álbum não apresenta numeração de páginas, as imagens são referenciadas pelo número de ordenação. Entre os postais de número 8 e 9 e ainda entre 46 e 47 ocorrem espaços vazios, sem que seja possível determinar a existência anterior de exemplares nessas posições. Um desses vazios, no entanto, deve ter sido conseqüência das dimensões fora de padrão do exemplar na página oposta, a de n.45.
      Apenas as imagens n.08 e 45 apresentam dimensões fora de padrão. A primeira, com 6 x 10 cm, pode ter sido um acréscimo posterior, a segunda, de n.45, com 6,5 x 13 cm, reproduz uma cédula de cem mil réis com esfinge do general Isidoro Lopes num característica fotomontagem da primeira metade do século. Imagem similar, embora utilizando uma cédula de 500 mil réis, é reproduzida em Nosso século (São Paulo: Abril Cultural, 1985, p.106), sendo identificada como cédula-bônus para os rebeldes da revolução de 1924.Volta! PRETO

    2. Não existe na instituição depositária qualquer informação sobre o(s) proprietário(s) do álbum. Na última capa, consta a inscrição manuscrita, em sentido longitudinal: "Coronel del Pampo".
      No entanto, sob a imagem n.9, foi localizado um passe para deslocamento em nome do Tenente John Wesley de Camargo, emitido pela Guarda Municipal, ligada à prefeitura da capital, com data de 13.07.1924. O texto traz a descrição física do oficial e seu endereço residencial a Rua São Joaquim n.44. No verso há um carimbo da Delegacia Regional de Policia ([Campinas]), com data de 23.07.2x (último digito ilegível). Sob a imagem n.5 foi encontrado ainda um cartão de identificação em nome do mesmo oficial, inscrito na Legião Revolucionária, emitido em Salto Grande em 15.03.31. Por fim, sob a imagem n.44 foram encontrados dois vales manuscritos datados de 1938 assinados por Luiz Bertuccelli, provavelmente o emitente dos mesmos. A maior parte dos cartões postais tiveram os versos checados, não havendo informações adicionais de qualquer relevância para identificação de antigo(s) proprietário(s) do álbum.
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    3. Como vários documentos de memória pessoal o álbum apresenta uma imprecisão quanto à posição do seu autor frente ao conflito. As legendas manuscritas em suplementação as originais inclusas nos postais apenas fazem distinção quanto à origem dos artefatos que provocaram danos materiais (distinguindo os lançados pelos rebeldes ou legalistas). Essa dubiedade reflete o caráter de contemporaneidade do álbum registrando a dificuldade de julgamento dos diversos agentes do processo social. O dístico que abre o álbum reflete isso. A frase traz aqui como seu autor o nome do presidente Wenceslau Braz, identificação que foi rasurada posteriormente. De forma curiosa, a frase foi utilizada em panfleto que tem como referência a data de 05 de julho de 1929. Ilustrado com desenho retratando Prestes inserido no mapa do Brasil, a frase surge ao pé da página. (Veja Nosso século. São Paulo: Abril Cultural, 1985, v.4, p.113)Volta! PRETO

    4. Trata-de de uma reprodução precária de foto dos rebeldes já reunidos no estado do Paraná, identificados pela legenda inclusa no postal Estado maior dos revoltosos em Iguassu.Volta! PRETO

    5. O bibliófilo José Mindlin possui em sua coleção dois volumes que parecem constituir parte dos catálogos de postais Prugner, identificados unicamente como 1925-1928 e 1928-1936. Os álbuns incluem séries distintas sobre São Paulo com numerações similares.Volta! PRETO

    6. ANDRADE, Joaquim Marçal Ferreira de, LOGATTO, Rosângela. Imagens da sêca de 1877-78 no Ceará: uma contribuição para o conhecimento das origens do fotojornalismo na imprensa brasileira. ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL, (114): 71-83, 1994.Volta!






































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    Fontes





    FotoPlus agradece ao Museu de Polícia Militar do Estado de São Paulo pela cessão das imagens para esta edição do boletim Páginas Negras.

    Em particular, ao Tenente-Coronel Álvaro Guimarães dos Santos.

    Crédito da fotografia do edifício: revista Unidade e Comando.











    Página criada por Ricardo Mendes
    04.10.1997 - criação
    05.10.1997 - atualização